- 02/09/2024
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Mais da metade dos 50 municípios com os maiores valores da
produção agrícola do Brasil são de Mato Grosso. Juntas, as 26 cidades
mato-grossenses geraram R$ 115 bilhões, conforme os dados compilados do
Observatório do Desenvolvimento da Secretaria de Estado de Desenvolvimento
Econômico (Sedec), com base nos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), nessa quinta-feira (14.09).
Sorriso é o primeiro do ranking e se consolida como a
capital do agronegócio brasileiro. Sozinho, gerou R$ 11,5 bilhões. Em seguida,
estão Campo Novo do Parecis (R$ 8,2 bilhões) e Sapezal (R$ 8 bilhões). A lista
também inclui Nova Ubiratã, Nova Mutum, Diamantino, Primavera do Leste, Campo
Verde, Lucas do Rio Verde, Querência, Campos de Júlio, Canarana, Ipiranga do
Norte, Brasnorte, Paranatinga, Tapurah, Tabaporã, Itiquira, Porto dos Gaúchos,
Santa Rita do Trivelato, Sinop, Gaúcha do Norte, Vera, Nova Maringá e São José
do Rio Claro.
Conforme o coordenador do Observatório do Desenvolvimento
da Sedec, Vinicius Hideki, o carro-chefe da produção de Mato Grosso ainda é a
soja, milho e algodão. Contudo, o Governo se preocupa em estimular outras
cadeias produtivas por meio de um programa de diversificação de culturas, que
está em elaboração pela pasta.
“Mato Grosso pode ir além das principais commodities e
chegar até uma terceira safra consolidada. O Governo e a Aprofir (Associação
dos Produtores de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigantes de Mato Grosso)
promovem um estudo da Universidade Federal de Viçosa e da Universidade de
Nebraska para diagnóstico do potencial de irrigação no Estado. Com isso, vai
auxiliar a no aumento da produção e diversificação de culturas nos períodos de
estiagem”, afirmou.
Um estudo realizado pelo engenheiro agrônomo da Sedec, Fábio
Braga Peixoto, apontou que o estado possui cerca de 6,7 milhões de hectares de
áreas de pastagens aptas para conversão em lavoura. A informação consta no
Plano de Agropecuária de Baixo Carbono (ABC+) de Mato Grosso.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César
Miranda, disse que o cenário para os próximos anos é de um crescimento ainda
mais acentuado diante das políticas de estado que estão sendo pavimentadas pelo
governador Mauro Mendes, por meio de investimentos em logística, de correção de
desigualdades regionais, fomentando crescimento de todos os municípios, e a
diversificação da economia.
“Temos uma projeção de aumento da safra de 45% até 2030, isso sem precisar desmatar nada, apenas com conversão de áreas de pastagens e aumento de produtividade. Estamos trabalhando não só para auxiliar o setor produtivo, mas também fazer com que a riqueza chegue em todas as regiões, incentivando outros municípios a investirem em outras culturas como feijão e pulses, gergelim, trigo e amendoim”, destacou.
Imagem: SECOM-MT